terça-feira, 21 de julho de 2015

Pai Nosso II


Pai nosso que estais nos céus,
santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino,
seja feita a vossa vontade,
assim na terra como no céu;
o pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do mal.

Pai nosso I


Pai nosso que estais nos céus,
santificado seja o vosso nome;
venha a nós o vosso reino,
seja feita a vossa vontade,
assim na terra como no céu;
o pão nosso de cada dia nos dai hoje;
perdoai-nos as nossas ofensas,
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do mal.

Pater noster


Pater noster, qui es in caelis:
sanctificétur nomen tuum;
advéniat regnum tuum;
fiat volúntas tua, sicut in caelo et in tera.
Panem nostrum cotidiánum da nobis hódie;
et dimíte nobis débita nostra,
sicut et nos dimítimus debitóribus nostris;
et ne nos indúcas in tentatiónem;
sed líbera nos a malo.

Magníficat

Magníficat

–46 Magníficat *
ánima mea Dóminum,
47 et exultávit spíritus meus *
in Deo salvatóre meo,
48 quia respéxit humilitátem ancílae suae. *
Ecce enim ex hoc beátam me dicent omnes generatiónes.

49 quia fecit mihi magna, qui potens est, *
et sanctum nomem eius,
50 et misericórdia eius in progénies et progénies *
timéntibus eum.

51 Fecit poténtiam in bráchio suo, *
dispérsit supérbos mente cordis sui;
52 depósuit poténtes de sede *
et exaltávit húmiles;
53 esuriéntes implévit bonis *
et dívites dimísit inánes.

54 Suscépit Israel púerum suum, *
recordátus misericórdiae,
55 sicut locútus est ad patres nostros, *
Abraham et sémini eius in saécula.

– Glória Patri et Fílio *
et Spíritui Sancto.

– Sicut erat in princípio, et nunc et semper, *
et in saécula saeculórum. Amen.

A minha alma engrandece ao Senhor

A alegria da alma no Senhor 

46 A minha alma engrandece ao Senhor * 47 e exulta meu espírito em Deus, meu Salvador;
48 porque olhou para humildade de sua serva, *
doravante as gerações hão de chamar-me de bendita.

49 O Poderoso fez em mim maravilhas *
e Santo é o seu nome!
50 Seu amor para sempre se estende *
sobre aqueles que o temem;

51 manifestou o poder de seu braço, *
dispersou os soberbos;
52 derrubou os poderosos de seus tronos *
e elevou os humildes;
53 saciou de bens os famintos, *
despediu os ricos sem nada.
54 Acolheu Israel, seu servidor, *
fiel ao seu amor,

55 como havia prometido a nossos pais, *
em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

sábado, 18 de julho de 2015

Preenche meu ser

Preenche meu ser

Preenche meu ser, preenche meu ser. 
Espírito, unge meu ser, 
Em onda de amor 
Ó vem sobre mim! 
Espírito, unge meu ser!

O Anel de Tucum

O Anel de Tucum


“(…) O anel de tucum uma palmeira da Amazônia, aliás com uns espinhos meio bravos. Sinal da aliança com a causa indígena, com as causas populares. Quem carrega este anel normalmente significa que assumiu estas causas e as suas conseqüências. Você toparia em levar o anel? (…) Olha, isso compromete viu. Queima! Muitos e muitas por esta causa, por este compromisso foram até a morte!”

(Dom Pedro Casaldáliga)

O Filme:

      O Anel de Tucum é o 3° longa metragem da Verbo Filmes produzido em 35 mm, no ano de 1994. O filme retrata o cotidiano dos homens e mulheres que fazem das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e dos movimentos populares uma realidade. O longa se passa no ano de 1992, mesmo ano que ocorre o 8° Encontro Intereclesial de Comunidades de Base em Santa Maria – RS. Podemos concluir isso com a cena em que o personagem principal, André, aparece em um orelhão e ao fundo estão pregados os cartazes do encontro.



     Para uma reflexão sobre o filme podemos dividi-lo em dois momentos que se misturam no transcorrer da exibição, sendo o primeiro uma narrativa ficcional com personagens e roteiros criados, e outro formado de partes documentais onde integrantes reais dos movimentos populares, das Comunidades Eclesiais de Base e lideranças religiosas ganham voz.

     Os dois personagens principais da trama são André, filho de um líder dos grandes empresários, interpretado pelo ator João Signorelli e Lúcia, uma filha da classe média que se sensibilizou pela luta das pessoas sem moradia, interpretada por Cintia Grilo. André recebe de seu pai a missão de descobrir quem está liderando a subversão do povo no campo e na cidade e para isso usa o disfarce de jornalista e se infiltra nos encontros dos movimentos populares, no 8° Intereclesial e no encontro da CNBB para investigar quem são os padres e bispos instigadores. No meio do percurso André encontra com Lucia, uma militante ativa na briga pela moradia e que será uma ouvinte fiel das reflexões desenvolvidas por ele durante o filme. Um personagem secundário que destaco é um catador de papel que, quando interrogado, declama uma poesia que vai do repente ao rap a qual tento transcrever abaixo:

 “O Dr. aqui pergunta o que é que quer dizer,
Essa frase no carrinho: Nunca pergunte porque!
Ocês tem vários jornais, revistas e televisão,
Que é pra nus educa através di informação,
Mais usa pra ingana, iludi e provoca mais miséria e confusão,
Oceis falam muito em Deus, paz e amor no mundo inteiro,
Mais no fundo tão rezando pra outro deus, o deus dinheiro,
Num sabe o que a gente sente e também não querem sabe,
O qui importa nosso frio? O qui importa nossa fome?
Proceis a gente é lixo! Proceis a gente é bicho!
Mais a gente nasceu homem, e como homem que viver.
O qui importa o que eu penso? O qui importa meu nome?
Nunca pergunto porque.
(o poeta olha para o crucifixo e conclui.)
Ele me conhece. Ele sabe quem eu sou.” 
   

  Na parte documental as cenas se passam no encontro da Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil em Itaici, São Paulo, em encontros de comunidades e em entrevistas com Dom Pedro Casaldáliga, Dom Luciano e outros.

     O filme como uma fonte histórica não estaria de forma alguma descolado das questões e desafios que a Igreja Católica se colocou na década de 90 e nas décadas anteriores. Reflete no filme uma importante indagação que vem lá de São Francisco de Assis e ganhou vida aqui no Brasil e America Latina a partir dos anos 60. A Igreja deve se preocupar com o lado espiritual ou com as necessidades reais, digo, materiais do povo? Em rápida síntese podemos perceber que a Igreja no Brasil a partir da década de 60 faz uma opção clara no sentido de lutar pelas necessidades do povo com um discurso de alcançar a justiça social e a felicidade aqui na terra. No filme observamos isso na fala de Dom Luciano: “(…) Tão importante é a mensagem do Cristo que a Igreja se empenhe, se esforce para que todos tenham vida e que a tenham em abundância.”. E também na leitura da carta dos Bispos da América Latina feita por André:

 “(…) Descobrir nos rostos sofredores dos pobres o rosto do Senhor,
Os rostos desfigurados pela fome desiludidos pelos políticos que prometem, mas não cumprem.
Os rostos humilhados por causa da sua própria cultura,
Os rostos sofridos das mulheres desprezadas,
Os rostos envelhecidos pelo tempo e pelo trabalho,
O rosto do próprio Deus no meio de nós.” ¹


      Já a partir de finais dos anos 80 e começo dos anos 90 os setores ligados ao pentecostalismo começam a ganhar força dentro da Igreja e no filme podemos fazer esta leitura logo no começo no momento em que o empresário, pai de André, diz que a Igreja tem que lidar somente com a questão espiritual, deixando a política a cargo deles, os empresários e os políticos.

     Decorrendo dessa interrogação anterior o filme parece querer responder quem deve fazer política, ou melhor, de quem é o direito de se manifestar politicamente. A resposta disso sintetiza-se na fala de Dom Pedro Casaldáliga quando interrogado se ele não se acha um Padre político: “(…) Sim, tem a política a favor e tem a política contra, tem a política de uns e a política de outros, alias, André, na vida tudo é política. (…) Tudo é político mesmo que o político não seja tudo.”

     O pensar e agir politicamente que o filme coloca é um desafio não só do momento historico em que foi gravado, mas também dos dias atuais. A Igreja, os padres e os fieis devem se negar de participar do debate político? Devem somente tratar dos males que infligem a alma? Enfim, as mesmas questões continuam sendo bem atuais.

  1-      Encontrei a referência desta Carta elaborada pelos Bispos da América Latina no Livro:  Santo Domingos, Conclusões – IV Conferência Geral do Episcopado Latino Americano (12-28 de outubro de 1992) pag. 178, mas que nos remete à outra fonte (cf. CELAM, documento de Trabalho, 168) a qual não consegui ter acesso.

Ficha Técnica: 
Ano: 1994
Duração: 106 min
País: Brasil
Produção/Realização: Verbo Filmes – www.verbofilmes.org.br
Direção/Fotografia: Conrado Berning
Roteiro: Maria Inês Godinho, José Gaspar W. Guimarães, Conrado Berning
Atores principais: João Signorelli – André / Cintia Grilo – Lúcia
Participação Especial: Pedro Casaldáliga e as Comunidades Eclesiais de Base
Som direto: Pedro Luiz Siaretta / José Gaspar W. Guimarães
Trilha sonora: Sérgio Turcão
Foto da Capa: Roland Hanka / Brigitte Schulte-Walter
Projeto gráfico da capa: Jorge Custódio

https://memoriaecaminhada.wordpress.com/2011/03/17/o-anel-de-tucum/

Descalço sobre a Terra Vermelha

Descalço sobre a Terra Vermelha 

Descalço sobre a Terra Vermelha narra a saga do bispo emérito de São Félix do Araguaia-MS, Pedro Casaldàliga, ao chegar no Araguaia-MT em 1968. O religioso se posicionou ao lado dos desfavorecidos na luta pela posse da tera, enfrentando fazendeiros, a ditadura e até mesmo o Vaticano.

capítulo 1 - Do Vaticano ao Araguaia
Casaldáliga explica ao futuro Papa Bento XVI os problemas da região do Mato Grosso.


capítulo 2 - Por uma Igreja da Amazônia
Bispo lança manifesto pelos indígenas e contra a exclusão social.


capítulo 3 - Ameaça de Morte
Bispo precisa enfrentar fazendeiros e o Exército



Direção: Oriol Ferrer
Produção: Minoria Absoluta, Raiz Produções, TV3, TVE, TV Brasil
Elenco: Eduard Fernández, Sergi López, Babu Santana, Eduardo Magalhães
Formato: minissérie
Gênero: drama, história
Ano: 2012,
País de origem: Espanha/Brasil.

Benedictus

Benedictus - Lc 1,68-79
  

- 68 Benedictus Dominus Deus Israel, *
quia visitavit et fecit redemptionem plebi suae
- 69 et erexit cornu salutis nobis*
in domo David pueri sui,
- 70 sicut locutus est per os sanctorum, *
qui a saeculo sunt, prophetarum eius,
- 71 salutem ex inimicis nostris*
et de manu omnium, qui oderunt nos;
- 72 ad faciendam misericordiam cum patribus nostris*
et memorari testamenti sui sancti,
- 73 iusiurandum, quod iuravit ad Abraham patrem nostrum, *
daturum se nobis,
- 74 ut sine timore, de manu inimicorum liberati, *
serviamus illi
- 75 in sanctitate et iustitia coram ipso *
omnibus diebus nostris.
- 76 Et tu, puer, propheta Altissimi vocaberis: *
praeibis enim ante faciem Domini parare vias eius,
- 77 ad dandam scientiam salutis plebi eius *
in remissionem peccatorum eorum,
- 78 per viscera misericordiae Dei nostri, *
in quibus visitabit nos oriens ex alto,
- 79 illuminare his, qui in tenebris
et in umbra mortis sedent, *
ad dirigendos pedes nostros in viam pacis.

- Glória Patri, et Filio, *
et Spiritui Sancto.
- Sicut erat in principio, et nunc et semper, *
et in saecula saeculorum. Amen.

Agora que o Clarão da Luz se apaga

Agora que o Clarão da Luz se apaga
Hino 

Agora que o clarão da luz se apaga, 
a vós nós imploramos, Criador: 
com vossa paternal misericórdia, 
guardai-nos sob a luz do vosso amor. 

Os nossos corações sonhem convosco: 
no sono, possam eles vos sentir. 
Cantemos novamente a vossa glória 
ao brilho da manhã que vai surgir. 

Saúde concedei-nos nesta vida, 
as nossas energias renovai; 
da noite a pavorosa escuridão 
com vossa claridade iluminai. 

Ó Pai, prestai ouvido às nossas preces, 
ouvi-nos por Jesus, nosso Senhor, 
que reina para sempre em vossa glória, 
convosco e o Espírito de Amor.